segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sobre a Eterna Busca

Nunca  clamou-se tanto por um retorno aos valores cristãos. Nunca homens que se dizem apartidários, ateus ou agnósticos, anarquistas e revolucionários, buscaram com tanta veemência valores provenientes de um princípio que eles mesmos condenam quanto nos dias de hoje.
É bem verdade que sempre existiram "profetas", até mesmo no nosso "tempo da graça", que tentaram nos alertar do perigo da religião. A esses, o meu profundo e sincero respeito. Mas hoje, especialmente, vemos os que deveriam ser os profetas, calados e as "pedras", tagarelas.
Enquanto batalhamos por igrejas enormes e cheias, por cargos eclesiásticos (e impressionantemente, políticos também), por congressos de avivamento, por missões utópicas de desencargo de consciência, por campanhas de buscas do interesse próprio (Casa, carro, saúde, dinheiro, causa na justiça e etc.), enquanto nos preocupamos com coisas fúteis e tolas, alguns abrem mão de seu conforto e sua integridade para lutar por uma sociedade mais justa, mais cristã. Quem são esses? Geralmente são conhecidos por rebeldes, marginais, exemplos a não serem seguidos.
Tanto pessoas que se dizem cristãs e não-cristãs, receberam pelo menos a consciência do erro através de Cristo. O que as difere é justamente assimilar essa consciência e transformá-la em práxis, em caráter ou deixá-la morrer (de fome).
E o que temos visto? uma total inversão dos papéis. Muitos do que se dizem não-cristãos exercendo valores cristãos e muitos do que se dizem cristãos exercendo valores não-cristãos. A esses, resta a resposta de Cristo no Grande Dia: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade." Aos primeiros, resta o que sucedeu a Saulo: ter suas escamas caídas e ver que sua intenção (de fazer o bem) é justamente o que Deus, em Cristo (que tanto desprezam) quer.
Enquanto se proclama os valores de Cristo nas ruas, nos becos, nos hospitais, nas margens desse grande rio que se chama História, a velha aliança consumada com a árvore do conhecimento do bem e do mal continua atuando com sagacidade e perspicácia de uma raposa.
Tanto religiosos e científicos se amordaçam na eterna luta por suas convicções. Não percebem que seus métodos são, ambos, dois lados de uma mesma moeda. Moeda que fora lançada à sorte da História da Humanidade desde o começo dos tempos.
O método científico, assim como o religioso, está fadado ao fracasso. Está contaminado com a iniquidade e ambos perecerão. A eterna e constante briga "Fé X Razão" não encontra lugar no Reino de Deus. Esse Reino é Reino de Amor que lança fora todo tipo de discórdia, é incondicional.
Que possamos achar em Cristo o que tanto ansiamos: a água da Vida. Água proveniente única e exclusivamente, do Amor. Quem dela beber, jamais terá sede.
Quando conhecemos e reconhecemos esse Amor, nada mais importa. Nossa sede de se fazer justiça nesse mundo já não mais encontra lugar em nossa alma. Nossa eterna busca por conhecimento ou por milagres, por descobertas ou testemunhos, por cargos políticos ou eclesiásticos, por pão ou água, já não existe mais. Pois "as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo!".

Em Cristo, o Evangelho,
Lucas.

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